segunda-feira, 30 de maio de 2016

Guias cobram soluções quanto a oferta de notas fiscais

Profissionais de estados, como MA, PI, PA, BA, MG, ameaçam deixar de vir a Pernambuco caso a problemática da baixa emissão de notas fiscais continue


Aconteceu na manhã desta segunda-feira (30), no Moda Center Santa Cruz, uma reunião com mais de 50 guias de excursões de diversos estados brasileiros. Mais uma vez, a baixa emissão de notas fiscais por parte dos comerciantes da região foi o principal ponto da pauta.


Os guias, em sua maioria do Maranhão, Piauí, Pará, Bahia e Minas Gerais, alegam que estão pagando multas altíssimas nos postos fiscais ao longo do trajeto para suas cidades. Segundo eles, se os comerciantes da região não formalizarem suas empresas, passando assim a oferecer as notas fiscais dos seus produtos, os guias migrarão em grande número para centros concorrentes, como Goiânia (GO) e Fortaleza (CE).


Iran Nogueira Dantas
“É preciso que haja a colaboração de todos. Além da conscientização feita pelo Moda Center, é preciso que seja feita a parte do Estado; a parte do próprio cliente exigindo do vendedor a nota fiscal e, principalmente, a parte do comerciante organizando o seu negócio para poder dar a nota”, disse Iran Nogueira Dantas, vice-presidente da AGTURCO-MA/PA (Associação dos Guias de Turismo Comercial no Norte e Nordeste).


Aparecido Rodrigues
Já o guia de excursão Aparecido Rodrigues, de Montes Claros (MG), lamentou os últimos acontecimentos que resultaram na realização de protestos e bloqueio na rodovia que dá acesso a Santa Cruz. “Lamentamos ter que chegar a esse ponto. O que gostaríamos mesmo é que fossem emitidas as notas para que a gente possa viajar com tranquilidade, sem ser penalizado na estrada”, disse.

O síndico do Moda Center, Allan Carneiro, reiterou os esforços que a administração tem feito em busca de resolver a situação dos clientes e, ao mesmo tempo, contribuir para o crescimento dos pequenos confeccionistas.


Allan Carneiro
“Nós compreendemos a situação dos clientes e guias e excursões. Por isso, criamos a estrutura da Sala do Empreendedor, onde disponibilizamos um colaborador do parque para fazer a formalização dos pequenos comerciantes de forma gratuita. Nessa sala também oferecemos vários serviços, como impressão de notas fiscais, consultorias e até mesmo linhas de crédito, por meio dos nossos parceiros. Temos feito a nossa parte e esperamos contar com a colaboração do comerciante. E também estamos no aguardo do que foi prometido pelo Estado: um regime tributário específico para o Polo de Confecções e uma estrutura de apoio aos empreendedores do setor, beneficiando todos os envolvidos na cadeia têxtil”, disse Allan.